Era uma vez, em um país distante chamado Tupiniquim, um grupo de notáveis cientistas que se lançou em uma jornada audaciosa para criar a criatura perfeita. Munidos de suas melhores intenções e uma lista extensa de qualidades desejáveis, eles buscaram democratizar a criação, buscando o consenso entre seus membros. Mas como nem tudo na vida segue o script perfeito, essa história tomou um rumo cômico e inesperado.
Imbuídos de boa vontade, os cientistas decidiram que a criatura ideal deveria ser uma verdadeira perfeição, bom no futebol, um prodígio da matemática, inteligente, capaz de simplificar as coisas, justo e objetivo. Afinal, por que não sonhar alto? Mas, como dizem por aí, a prática é bem diferente da teoria.
À medida que a criatura foi tomando forma, os cientistas logo perceberam que as coisas não estavam saindo conforme o planejado. Ela não tinha habilidades esportivas, nadar era um desafio monumental e quando pegava um instrumento musical, era uma verdadeira sinfonia de desafinação. E a poesia? Bem, digamos que suas palavras não encontravam a rima certa.
A situação se tornou ainda mais complicada quando a criatura começou a mostrar um talento inesperado: gastar, gastar e gastar. Os cientistas coçavam a cabeça, tentando entender onde haviam errado. Afinal, eles sonhavam em criar um ser que não só brilhasse em diversas áreas, mas também não trouxesse despesas extras para os criadores ou para a sociedade.
No entanto, o que eles não haviam previsto era a presença dos interesses pessoais de cada cientista, que se entrelaçavam e transformavam o projeto em um verdadeiro espetáculo de comédia. A busca por um ser perfeito se tornou um embate de egos, levando a criatura a se desviar ainda mais do ideal almejado.
Ao ler sobre as propostas de reforma tributária, não pude deixar de fazer uma conexão com a criação do Frankenstein tupiniquim. Afinal, a reforma tributária busca simplificar o sistema, reduzir a carga tributária e tornar a arrecadação mais eficiente, através de várias medidas, como a unificação de impostos, a simplificação dos procedimentos fiscais e a redução da burocracia. Parece uma tentativa de criar um ser perfeito, que seja bom em diversas áreas, assim como a criatura idealizada pelos cientistas.
Assim como no caso do Frankenstein tupiniquim, a reforma tributária também tem como objetivo promover maior justiça fiscal, redistribuindo a carga tributária de forma mais equitativa e aliviando o peso sobre os mais pobres. Além disso, busca-se impulsionar o crescimento econômico e o investimento, criando um ambiente de negócios mais favorável. É como se a reforma tributária tivesse uma lista extensa de qualidades desejáveis.
No entanto, assim como na criação da criatura, a proposta de reforma tributária está sendo discutida em diferentes esferas, envolvendo representantes do governo, especialistas, setor empresarial e outros atores relevantes. A ideia é buscar um consenso amplo, levando em consideração as diferentes perspectivas e interesses, para garantir que a reforma seja viável e eficaz na prática.
Embora seja uma tarefa desafiadora, assim como na criação do Frankenstein tupiniquim, a reforma tributária busca equilibrar diversas qualidades e necessidades, visando criar um sistema tributário mais justo, eficiente e funcional. Esperamos que, ao contrário da criatura, essa reforma traga resultados positivos e evite quaisquer consequências trágicas
Quem viver verá !!